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Bereshit – Gênesis 1 – Torá Comentada

Bereshit
Escrito por Ariel bar'Zlay

Bereshit – Gênesis 1 – Torá Comentada

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Bereshit 1

Bereshit 1

Bereshit 1 >>

  • 1.1 No princípio criou D’us os céus e a terra.
  • 1.2 E a terra era vã e vazia, e havia escuridão sobre a face do abismo, e o espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
  • 1.3 E disse Deus: “Seja luz!” e foi luz.
  • 1.4 E viu Deus que a luz era boa; e separou Deus entre a luz e a escuridão.
  • 1.5 E chamou Deus à luz, dia, e à escuridão chamou noite; e foi tarde e foi manhã, dia um.

Bereshit 1 – No princípio

1 – No princípio – nos primeiros capítulos do Gênesis narram os primórdios da Criação.

Por serem muito profundos, é difícil compreender todo o seu conteúdo sem um conhecimento prévio dos ensinamentos da Torá, conforme foram revelados no Talmud e na Cabalá.

No princípio – Bereshit (por causa de Reshit): O Talmud proclama que o Universo não teria sido criado se não fosse pelo mundo espiritual, pela palavra Divina, pela Torá, chamada Reshit, princípio de tudo (Pessachim68).

Criou Deus – Elohim (Deus) tem, em Hebraico, a forma plural, para indicar que Deus compreende e unifica todas as forças infinitas e eternas.

E para que não se pense que são muitos deuses, o verbo Bará (criou) foi empregado no singular, imediatamente depois de Elohim.

O exegera Abraham Ibn Ezra (1089-c, 1164) argumenta que esta palavra não é nada além de um plural majestático concebido pelo homem devido às múltiplas e ilimitadas manifestações de Deus.

Os céus e a terra – no primeiro versículo do Gênesis vemos a intenção evidente de dar ao homem a consciência de que tudo se deve à Criação Divina.

Os mitos antigos atribuem a existência do mundo ao resultado das lutas dos múltiplos deuses, ou como nascido da casualidade e do capricho.

Porém, a Torá quer nos mostrar o Universo como expressão da vontade Divina (na linguagem da Cabalá, Tsimtsum); a Criação como princípio de tudo, e não a Criação em si, mas a Providência – isto é, Deus – como Criador, Legislador e Condutor do Universo.

Bereshit 1 – vã

2 – vã – assim é interpretado pela tradução aramaica de Onkelos, enquanto o exegeta Rashi (Rabi Shelomo Yits’chaki, 1040 – 1105) explica que a palavra Tôhu (vã) significa assombro e consternação pela vacuidade (vazio) em que se encontrava a Terra.

Bereshit 1 – e o espírito de Deus se movia

e o espírito de Deus se movia – Para a maioria dos tradutores é difícil traduzir estas palavras, que tem um sentido difícil de captar por nosso limitado entendimento.

Segundo Rashi, significam que o Trono Divino movia-se por ordem de Deus e por meio de alento (Rúach) exalado por Sua boca, sobre a face das águas, aparentemente para dar o alento da vida à matéria inanimada (cf. Gênesis 2:7 e Isaías 42:5).

A tradução aramaica de Ionatan ben Uziel diz: “…e o espírito de misericórdia procedente de Deus soprava sobre a face das águas.”

Bereshit 1 – Sobre a face das águas

Sobre a face das águas – Rashi propõe que o primeiro versículo do Gênesis seja traduzido assim:

“¹No princípio, ao criar Deus os céus e a terra, ² a terra era vã etc.”, pois a escritura sagrada não quer mostrar aqui a ordem da Criação; a prova disso é que o fim do segundo versículo sugere que as águas já existiam antes do céu e da terra.

Bereshit 1 – dia um

5 – dia um – muitos doutores da Lei tratavam de conciliar a data da era hebraica com as últimas descobertas científicas que revelam, baseadas no “relógio de Urânio”, ou atômico, ou seja, na desintegração das substancias radioativas das rochas, que a Terra tem, aproximadamente, 4 bilhões de anos.

Seus esforços foram inúteis.

Então, para conciliar a Escritura Sagrada com a ciência, podemos até admitir que um dia da Criação não equivale a um dia ordinário, e sim, a um longo período de tempo, conforme descreve o Rei David no salmo 90:

“Pois mil anos em Teus Olhos são como o dia de ontem, que passou, e como uma vigília noturna.”

Apesar disto, os judeus religiosos atêm-se à fé nas Escrituras Sagradas, e contam os anos a partir dos dados bíblicos.

Estes indicam estarmos hoje no ano 5.778 (2018).

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Sobre o autor

Ariel bar'Zlay

Cristinna Saviani (Ariel bar'Zlay) tem sua formação clássica em Farmácia e Bioquímica pela PUCC, com foco em Homeopatia, Fitoterapia e Florais.
Estudante e praticante de Cabala desde a adolescência, iniciou seus estudos de astrologia como autodidata em 1997, posteriormente fazendo vários cursos de formação na área, na qual tem atuado profissionalmente desde o ano de 1999.
Acreditando que a maior qualidade da astrologia é levar o indivíduo ao autoconhecimento e consequente evolução, aprofunda a análise de seus clientes em todos os níveis disponíveis para que se chegue ao cerne das questões que inquietam e atrapalham a vida nos diversos campos da vida.
Natural de Campinas - SP, vive atualmente em Fortaleza, onde atua
na área de publicidade (CEO Staff Publicity), programação web, marketing e astrologia, fazendo análises de tema natal, previsão e mapa anual de fertilidade feminina.

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